Emissora usou declarações feitas por Boni para dizer que Collor foi beneficiado na disputa contra Lula
A Rede Record transmitiu neste domingo (4) uma reportagem na qual acusa a Rede Globo de ter manipulado as eleições de 1989, quando Fernando Collor venceu Luiz Inácio Lula da Silva. A emissora baseia as acusações em trechos de uma entrevista que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, deu ao jornalista Geneton Moraes Neto, na Globo News, há pouco mais de uma semana.
TV DIÁRIO: BONI CONFESSA MANIPULAÇÃO EM DEBATE
O ex-vice-presidente de operações da Globo afirma, na entrevista, que ajudou Collor no último debate eleitoral de 1989. Boni diz que tudo foi produzido, até mesmo o suor do político alagoano. “Conseguimos tirar a gravata do Collor, colocar um pouco de suor com glicerinazinha, e colocar as pastas todas que estavam ali, com supostas denúncias contra o Lula, essas pastas estavam inteiramente vazias, com papéis em branco. Foi uma maneira de melhorar a postura do Collor junto ao espectador, pra ficar em pé de igualdade com a popularidade do Lula”, declarou.
A Record ainda entrevistou assessores da época, cientistas políticos e até o próprio Boni, que negou que sua “ajuda” tivesse conhecimento do então candidato.
“Não havia necessidade de reforçar a posição de Collor. A edição do Jornal Hoje, no dia seguinte, dava igualdade aos candidatos, o que não correspondia à realidade. Dr. Roberto (Marinho) não se satisfez e mandou fazer uma nova edição para o JN. Tenho para mim que foram mais realistas que o rei e favoreceram exageradamente o Collor. Inútil, visto que o debate havia registrado 66% no pool de emissoras e o JN registrou 61%, o que não mudaria a opinião de quem o tivesse assistido na íntegra.”, escreveu Boni em sua autobiografia recém-lançada, “O Livro do Boni”, onde afirma que a iniciativa de favorecer Collor nos trechos do debate exibidos no “Jornal Nacional”, partiu de Roberto Marinho.
A reportagem deu pico de audiência ao “Domingo Espetacular”, que chegou a atingir 16 pontos, mas não ameaçou a audiêcia da última edição do “Fantástico” apresentada por Patrícia Poeta.
fonte:Dia a Dia
TV DIÁRIO: BONI CONFESSA MANIPULAÇÃO EM DEBATE
O ex-vice-presidente de operações da Globo afirma, na entrevista, que ajudou Collor no último debate eleitoral de 1989. Boni diz que tudo foi produzido, até mesmo o suor do político alagoano. “Conseguimos tirar a gravata do Collor, colocar um pouco de suor com glicerinazinha, e colocar as pastas todas que estavam ali, com supostas denúncias contra o Lula, essas pastas estavam inteiramente vazias, com papéis em branco. Foi uma maneira de melhorar a postura do Collor junto ao espectador, pra ficar em pé de igualdade com a popularidade do Lula”, declarou.
A Record ainda entrevistou assessores da época, cientistas políticos e até o próprio Boni, que negou que sua “ajuda” tivesse conhecimento do então candidato.
“Não havia necessidade de reforçar a posição de Collor. A edição do Jornal Hoje, no dia seguinte, dava igualdade aos candidatos, o que não correspondia à realidade. Dr. Roberto (Marinho) não se satisfez e mandou fazer uma nova edição para o JN. Tenho para mim que foram mais realistas que o rei e favoreceram exageradamente o Collor. Inútil, visto que o debate havia registrado 66% no pool de emissoras e o JN registrou 61%, o que não mudaria a opinião de quem o tivesse assistido na íntegra.”, escreveu Boni em sua autobiografia recém-lançada, “O Livro do Boni”, onde afirma que a iniciativa de favorecer Collor nos trechos do debate exibidos no “Jornal Nacional”, partiu de Roberto Marinho.
A reportagem deu pico de audiência ao “Domingo Espetacular”, que chegou a atingir 16 pontos, mas não ameaçou a audiêcia da última edição do “Fantástico” apresentada por Patrícia Poeta.
fonte:Dia a Dia
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